Uma em cada três casas faz uso de lenha ou carvão para cozinhar no Piauí, revela IBGE; 3º maior indicador do país
21/12/2024
Segundo levantamento feito pelo IBGE em 2023, o dado equivale a 36,6% dos domicílios piauienses. A queima da lenha e do carvão pode trazer problemas de saúde e impactos ambientais. Procura por fogão à lenha aumentou com as altas no preço do botijão de gás
Reprodução/TV TEM
Um em cada três domicílios do Piauí fazia uso de lenha ou carvão para cozinhar em 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Segundo o IBGE, o dado equivale a 36,6% dos domicílios piauienses. O estado teve, no ano passado, o terceiro maior indicador do país, atrás apenas de Maranhão (46,3%) e Pará (43,3%).
No Brasil, a média foi de 15,2% dos domicílios que utilizavam lenha ou carvão. Os menores indicadores foram registrados no Distrito Federal (2,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e em São Paulo (3%).
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Em 2023, os tipos de combustíveis mais utilizados no preparo de alimentos no Piauí foram os seguintes:
Gás (em botijão ou encanado): 96,7% dos domicílios;
Energia elétrica: 55,4% dos domicílios;
Lenha ou carvão: 36,6% dos domicílios;
Outro: 0,1% dos domicílios.
“É importante destacar que os domicílios brasileiros podem utilizar mais de um tipo de combustível, ao mesmo tempo, para o preparo de seus alimentos”, ressaltou o IBGE.
O gás em botijão ou encanado também foi o combustível mais usado no país no ano passado, estando presente em 98,2% dos domicílios.
A energia elétrica veio em segundo lugar, com 51%, acompanhada da lenha ou do carvão (15,2%) e de outros combustíveis (0,1%).
Problemas e impactos
A queima da lenha e do carvão libera poluentes como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas, que podem causar problemas respiratórios (asma, bronquite crônica), doenças cardiovasculares e irritação nos olhos e na garganta.
O uso da lenha pode contribuir para a perda de florestas e os gases emitidos durante a queima podem agravar as mudanças climáticas, especialmente em áreas onde esse método de preparo de alimentos é amplamente utilizado.
Além disso, o uso desse método pode aumentar o risco de incêndios se as cozinhas forem pequenas ou mal ventiladas.
Com aumento do gás de cozinha, piauienses recorrem ao fogão à lenha
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